OFICINAS 2019

O “1666” promoveu nos dias 02-03 de Novembro em São Paulo a 1ª Oficina 1666 – Filmando um curta coletivo em Ektachrome. Foram ofertadas 07 vagas

Programa de curso:

– O que é filme cinematográfico
– Diferentes tipos de filme e como funcionam
– Câmeras de 16mm
– Funcionamento de Câmeras de engrenagem (Krasnogorsk-3 e Bolex H16)
– Desenvolvimento do projeto a ser filmado
– Filmar

A proposta é a realização de um curta, de forma coletiva em filme reversível colorido Ektachrome. A turma terá acesso a uma bobina de 100ft (30m) e Câmera de 16mm.

As inscrições estiveram abertas de 15 de Setembro a 28 de outubro de 2019 

As inscrições foram gratuitas. Os selecionados, estiveram condicionados ao pagamento de uma taxa de R$ 500,00 (que cobrem os custos do filme 16mm e químicos) para a participação na oficina.

Os custos referentes à revelação e telecine dos filmes, utilização e manutenção de câmeras e projetores, e projeções dos filmes são de responsabilidade do festival.

O “1666” promoveu nos dias 29 e 30 de Novembro de 2019 no Rio de Janeiro, a Oficina 1666 de Intervenção em Película

A oficina aconteceu das 10h as 14h nos dois dias. Foram ofertadas 25 vagas (sendo 5 bolsistas).

As inscrições estiveram abertas de 15 de Setembro a 25 de novembro de 2019 

A proposta foi a realização de um curta de 16mm com intervenções feitas na película (pintura, riscos, colagens e transfers)

As inscrições foram gratuitas. Os selecionados, foram condicionados ao pagamento de uma taxa de R$ 50,00 para a participação na oficina (o valor foi revertido para cobrir o custos dos materiais e transporte dos oficineiros).

A oficina foi ministrada por Isabel Veiga, Rodrigo Sousa & Sousa e Vinicius Campos.

O “1666” promoveu em São Paulo, a Oficina de Crítica “A olho nu” coordenada por Bruno Galindo, crítico do site Sessão Aberta (sessãoaberta.com)

23 e 24 de Novembro – 13:30h às 15:30h
Cine Olido – Galeria Olido – São Paulo

Foram ofertadas 25 vagas (sendo 5 bolsistas).

As inscrições estiveram abertas de 14 a 20 de novembro de 2019

Os selecionados foram condicionados ao pagamento de uma taxa de R$ 30,00 para a participação na oficina (o valor foi integralmente revertido para cobrir o custos do oficineiro).

A OLHO NU – O pensar e o fazer de uma pedagogia do olhar crítico no contexto do cinema brasileiro pós 2013

Ministrada pelo crítico e curador Bruno Galindo a oficina visa tomar a produção cinematográfica brasileira produzida após os processos políticos e sociais de 2013 para entender como as imagens e a necessidade de compreende-las a fundo ganha cada vez mais dimensão nas relações culturais brasileiras

Compreender o processo do olhar crítico significa, neste caso, construir um repertório crítico que possibilite uma observação mais apurada e complexa do mundo a partir e através do cinema. Entendendo, portanto, conceitos-chave como “Olhar Opositivo” e “Mediação Crítica” a oficina visa traçar um panorama sobre o lugar da crítica de cinema e de uma pedagogia do olhar tão fundamentais aos amadurecimento do pensamento crítico no Brasil atual

Através da exibição de trechos de filmes e de suas respectivas análises e debates, ainda com o suporte de texto referenciais da bibliografia crítica, a oficina a “Olho Nu” apresentará formas de ver o cinema pelo mundo e, acima de tudo, formas de ver o mundo pelo cinema

Sobre o Sessaoaberta.com

Sessão Aberta é um blog criado e editado por Bruno Galindo há 4 anos, tendo se transformado num espaço aberto para reflexões sobre cinema e audiovisual pensadas a partir do olhar de jovens criticos e criticas negros e negras, Brasil afora, criando também uma rede de pensamento que pretende se espraiar e multiplicar cada vez mais

O QUE PASSA PELO CRIVO: OFICINA DE CRÍTICA
Revista Beira – Bárbara Bergamaschi, Daniela Rosa e Duda Kuhnert

Do parecer que avalia à autobiografia, do comentário a livre criação, da posição de juiz para a de testemunha. As fronteiras da crítica se expandem na atualidade ao mesmo tempo em que se estreitam as distâncias entre a produção da obra e a produção discursiva que essa obra mobiliza, requer e ativa. Partimos de algumas indagações acerca do panorama da atividade: o que pretende a escrita crítica hoje? Como foi transformada a maneira de se relacionar com os processos de criação? Como a crítica atua em meio a essa conversa infinita entre obra e público? Como o papel dx críticx foi reinventado, transitando do discurso especializado para o interdisciplinar? Combinando momentos expositivos, discussões coletivas e dinâmicas de produção, a oficina busca refletir sobre a prática experimental da crítica, em um contexto em que se considera o dissenso, o múltiplo que é pautado pelas diferenças. As discussões serão acompanhadas de exercícios a partir dos filmes exibidos no Festival 1666 com o objetivo de produzir materiais que podem ser publicados na Revista Beira.

Dia 1:
Breve história da produção crítica no campo das artes
A reflexão crítica como criação estética em Walter Benjamin
Pensar sobre as obras e pensar com as obras: os desafios da crítica a partir da arte contemporânea

Dia 2:
Crítica de cinema – Bazin, Godard, Truffaut, Cahiers du Cinema e Política dos Autores
Panorama atual da crítica de cinema no Brasil
Modalidades da escrita crítica: exemplos e discussão das possibilidades de forma

Dia 3:
Exercícios de escrita e conversa sobre a produção dos alunos desenvolvida acerca dos filmes exibidos no festival.

BIBLIOGRAFIA

AVELLAR, José Carlos. O chão da palavra. Rio de Janeiro: Rocco, 2007.
BAECQUE, Antoine. Cinefilia: invenção de um olhar, história de uma cultura, 1994-1968. São Paulo: Cosac Naif, 2010
BASBAUM, Ricardo. Cica e sede de crítica. In: Revista de Artes Visuais Porto Alegre. Porto Alegre, v.10, n.19, 1999.
BENJAMIN, Walter. O conceito de crítica de arte no Romantismo alemão. São Paulo: Iluminuras, 2002.
BERNADET, Jean Claude. Trajetória crítica. São Paulo: Martins Fontes, 2011
DANEY, Serge. A rampa: Cahiers du Cinéma. São Paulo: Cosac Naif, 2007
MARIE, Michel. A Nouvelle vague e Godard. Campinas: Papirus, 2011
MORAIS, Frederico. Pensamento crítico. Rio de Janeiro: FUNARTE, 2004
OSORIO, Luiz Camillo. Razões da crítica. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2005
PEDROSA, Mário. Arte. Ensaios: Mário Pedrosa. São Paulo: Cosac Naify, 2015.

SOBRE BEIRA:

Desde que surgiu em 2015, a Revista Beira tem se colocado como uma publicação comprometida em se posicionar em relação ao presente, com a qual apostamos na convergência entre as linguagens. A publicação evidencia um tema em cada edição: primeiro refletimos sobre vizinhança, posteriormente sobre trabalho e agora chegamos ao choque. Publicamos textos através de uma chamada aberta para a edição corrente e mantemos a Margem, uma seção para trabalhos que podem escapar ou ecoar o tema. A fim de ampliar nosso espaço de ação, organizamos o Cine Beira, encontros com projeção de filmes. Em 2019, a Revista Beira e seu corpo editorial foi convidado a participar da edição carioca da Mostra do Filme Livre, no CCBB, como júri dos filmes em competição.

Revista Beira: https://medium.com/revista-beira

MINI BIOS

Bárbara Bergamaschi Novaes

Bárbara Bergamaschi é professora, crítica de cinema e pesquisadora. É atualmente professora substituta do Departamento de Artes da Cena da UFSJ. É também doutoranda pelo PPGCOM/UFRJ e PPGLCC/PUC-Rio. É mestre em Artes da Cena pelo PPGCA/UFRJ e graduada em Comunicação Social pela Escola de Comunicação Social da UFRJ, com habilitação em Rádio e TV. Estudou Cinema na Universidade de Paris VIII durante intercâmbio acadêmico. Tem formação em Curadoria pelo programa de Imersões da Escola Sem Sítio. Com passagens pelo mercado audiovisual trabalhou em produções da Samba Filmes, Conspiração Filmes, Polofilme e Canal Futura. Os filmes em que fez parte da equipe de fotografia e direção foram selecionados para diversos festivais tais como: Janela Internacional de Cinema de Recife, Mostra de Cinema de Tiradentes, Curta Cinema, FBCU, Bienal Internacional de Cinema Sonoro, Mostra de São Paulo, Cine Esquema Novo, Semana dos Realizadores e Dobra Festival Internacional de Cinema Experimental. Atuou como Júri nos festivais: 13a Mostra de Tiradentes (2010) e 10a Janela Internacional de Cinema de Recife (2017). Colabora como editora e crítica de cinema para a Revista Beira.

Daniela Rosa

Bacharel em Comunicação Social, com habilitação em Audiovisual pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Realizou programa de intercâmbio acadêmico na graduação de História da Arte na Universidad Autónoma de Madrid (UAM), na Espanha, onde se aproximou do estudo a arte contemporânea, que desenvolve ainda hoje. Mestranda em Comunicação e Cultura no PPGCOM-UFRJ com pesquisa sobre o funk 150 bpm, atual música funk carioca. Pesquisadora no Grupo de Pesquisa FIP – Fotografia, Imagem e Pensamento, da UFRJ, com o qual publicou o livro Midiateca Vol. II, uma coletânea de críticas sobre a fotografia brasileira contemporânea. Atualmente pesquisa cinema, fotografia e música e compõe o corpo editorial da Revista Beira, na qual também colabora como crítica de arte.

Duda Kuhnert

Jornalista formada pela Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Realizou programa de intercâmbio acadêmico na Berlin University of Arts (UdK) em 2013, onde se aprofundou na teoria estética e se aproximou dos estudos a respeito da apropriação de documentos de arquivos na arte contemporânea. É mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Artes na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), onde desenvolveu pesquisa sobre a filmografia da realizadora Susana de Sousa Dias, que se interessa pela iconografia produzida pelo regime ditatorial português. Foi uma das fundadoras da Revista Beira e atua como editora e produtora de conteúdo da publicação desde 2015. Foi pesquisadora e co-autora do livro “Explosão Feminista”, organizado por Heloisa Buarque de Hollanda e lançado pela Companhia das Letras em 2018. É uma das curadoras da Cinecluba, encontros mensais de exibição de filmes produzidos por mulheres. Atualmente é assessora de comunicação do Instituto Proprietas e repórter do podcast narrativo Palimpsesto.