Mostra Contemporânea

 

A convocatória para a Mostra Contemporânea da 4a Edição do 1666, foi exclusivamente por e-mail. Os realizadores inscritos tem algo em comum, que vai além de exibir seus filmes: Estão caminhando e produzindo lado a lado com o festival e tem a intenção de andar conosco, tanto em proposta, quanto estética. Atentos à forma e ao manejo de uma câmera 16mm, utilizam do grão com o auxílio do digital para criar seus universos particulares e metalinguísticos. A câmera é um espelho, mesmo que de personagens alter-ego. Ela passeia pelos corpos, medos, rituais e brinca com os imaginários do espectador, convidando-os para dentro de seus mundos, que compreendem também o como e o porque estão atrás das câmeras. 

Cartas ao Coelho Antropofágico

 

Sinopse: O filme poema experimental ”Cartas ao Coelho Antropofágico” é um pequeno devaneio sobre a forma que nós nos apropriamos do mundo, como consumimos e somos consumidos pelos outros. Foi filmado em película 16mm e revelado artesanalmente e seu desenvolvimento foi parte do projeto “Cartas aos modernistas” ministrado por Renato Coelho e Priscila Bettim.

Direção: Leonardo di Lazzaro (SP/Brasil. 2022. 2min)

Leonardo di Lazzaro (@quartinho_vermelho)

Artista visual que tem o trabalho focado na conversa entre poética e materiais fotossensíveis. Realiza seus experimentos na fotografia e no cinema analógico no pequeno laboratório @quartinho_vermelho utilizando majoritariamente materiais degradados.

Leonardo di Lazzaro

Vênus

 

Sinopse: Entramos no jogo de tarô uma mão sem rosto nos guia. Tenta restaurar o estado de har- monia interior. Dentro de uma panela, são cozidos ingredientes que fazem parte de uma alquimia e invocação que visa exorcizar a violência contra as mulheres. 

Direção: Michelle Coelho (Cuba. 2022. 4min)

Michelle Coelho (1990) Jornalista e Cineasta. Graduada pela EICTV, Cuba. A artista explora o cinema documental através de curtas metragens que atravessam o campo sensorial. Começou a sua carreira audiovisual com videos reportagens no Brasil, especialmente sobre questões relacionadas com conflitos agrários e urbanos. As suas produções “Caixa da Alma”,  “A Marcha de Balogun” e “O Mar também é Seu” participaram em festivais de cinema em Bruxelas, Holanda, Suiça, Cuba e Brasil.

Madonna

 

Sinopse: Levado por uma jornada psíquica da imagem de seu jovem-eu, um homem encama- do revive momentos da sua vida diante de seu leito. O menino, feito como manifestação subli- me deste homem, é conduzido por uma figura divina e estranha que o transporta à lugares de sua memória. Esta figura reflete a imagem de sua mãe e ressurge momentos marcados pela presença dela na vida dele. 

Direção: Lua Borges (Brasil. 2022. 8min)

Lua, nascida em São Paulo, tem 24 anos e hoje trabalha na indústria cinematográfica de Chicago. Ela usa o meio analógico para explorar as nuances dos processos de nostalgia e psicologia sensorial. Ela também é a fundadora do Cinema-Luz, uma coletiva que integra o exercício do cinema analógico na região Midwest dos Estados Unidos.

Se uma árvore cair em uma floresta

 

Sinopse: Situado nas paisagens de Los Angeles, este documentário híbrido procura explorar ocorrências cíclicas prejudiciais que exploram os recursos naturais e nos aproximam da extin- ção. Após a descoberta de uma misteriosa estrutura de metal no deserto, este filme documenta os objetos envoltos encontrados dentro da estrutura. Este filme é composto por recriações especulativas do estudo realizado, análise dos objetos encontrados e paisagens circundantes. 

Direção: Leonardo Pirondi (EUA/Brasil . 2021. 15min)

Leonardo Pirondi é um cineasta luso-brasileiro nascido em São Paulo, Brasil, e atualmente mora em Los Angeles, Califórnia. Seus filmes exploram as múltiplas versões derivadas da realidade por meio do uso de modos narrativos, experimentais e documentais. Grande parte de seu trabalho examina os desdobramentos sociopolíticos da interseção entre imaginação, ciência, mito e tecnologia.

SONHOS

 

Sinopse: Um documentarista passa a dormir com sua câmera para registrar os sonhos que tem à noite. 

Direção: Chico Lacerda (Brasil. 2022. 38min)

Chico Lacerda nasceu em Recife. Faz parte do coletivo audiovisual Surto & Deslumbramento (deslumbramento.com) responsável por produzir 14 curtas, 2 médias e 1 longa-metragem. É também professor do Departamento de Comunicação Social da UFPE, onde ministra disciplinas relativas à produção audiovisual (roteiro, direção, edição).